quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O vazio não existe. Não há nada sem utilidade no universo.



Antes sim, há nos mundos que não vêm e que por isso os denominam como limbos escuros, a atividade incessante da vida que pulula em extasiante labor. Milhares de moléculas e partículas atuam em intensa e perpétua comunhão e progresso. 
Afirmamos que há no mundo etéreo mais vida do que a pálida expressão de vida que vos cerca, pois a terra nada mais é do que uma cópia infiel dos mundos de luz do Criador.

(Trecho do livro O Labirinto das Reencarnações)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

                                                             O Nada para ser tudo
                                                                    (Psicografia)

Cada espírito é parte do Criador e como parte dessa energia, sente, ou melhor, pulsa na mesma latência do universo. No seu cerne, a criatura responde intuitivamente a energia do Pai. Podemos dizer então, que no início da sua criação, o espírito não é nada (ou nada do que possamos compreender). Ele não sente dor, medo ou rejeição. Não se conflitua perguntando-se o que é, de onde veio, para onde vai ou para o que serve. Ele não é nada e na condição de nada, ele simplesmente é. Ele é pura luz e pulsa, como já dissemos, na mesma vibração do universo. Seu cerne, seu coração, bate no mesmo ritmo do Criador. Ele é o próprio universo. Pura centelha divina. Nessa condição, ele recebe como em um fluxo de um rio, todo o conhecimento da vida, pois ele é a própria vida. Nada interfere na sua comunhão com Deus. Deus ama essa centelha, pois ama cada parte de si. Porém, Ele exige que essa centelha, sua criatura, não apenas sinta, mas que também entenda a grandiosidade da qual faz parte. Deus não nos quer apenas como partículas de si a segui-lo cegamente, mas sim seres de luz, conscientes e atuantes. Ele nos quer Deuses.Para isso, nos coloca em um intenso estágio de experimentação. Veja bem, não se trata de estágio de evolução porque na imagem do Pai, já somos evoluídos. Já somos perfeitos. Nesse estágio de experimentação, nos colocamos então como observadores e experimentadores da obra do nosso Pai, nesse caso do próprio universo. Somos como filhos de um pai muito rico que nos faz conhecer cada pedacinho de suas propriedades. Então, nascendo a partir dessa luz já perfeita, encarnamos ou chegamos aos diversos mundos do nosso Pai e iniciamos nossa caminhada de experimentações. de experimentações. Iniciamos como minerais, fazendo parte da construção e elaboração de mundos. Passamos para a condição de plantas, auxiliando na oxigenação dos planetas para depois experimentarmos a condição de vegetais, servindo de alimento aos nossos irmãos. Em seguida, estagiamos como protozoários. Pequenos vermes, sentindo em nosso âmago a alegria de apenas sermos parte da criação, entregando-nos mansamente à simples condição de adubos celestes. Mais a frente, reencarnamos na condição de animais servindo humildemente aos nossos donos e sentindo muitas vezes, a violência de que eles ainda são capazes. Nessa experiência, vivenciamos pela primeira vez as dores humanas. É a nossa primeira incursão no mundo das sensações e sentimentos. Depois, finalmente (finalmente, na nossa míope visão) chegamos à condição de humanos. Nesse estado, começamos a viver os conflitos existenciais e interpessoais. Amamos, odiamos, sofremos e morremos fisicamente inúmeras vezes e assim, passamos por varias moradas do nosso Pai. Com a experimentação das diversas existências em vários mundos, chegamos aos planetas mais elevados onde a matéria física não se faz mais necessária. Nesses mundos iluminados, nos dedicamos principalmente a ajudar as outras moradas menos felizes. Viajamos na condição de missionários, benfeitores, organizadores, e educadores do bem, ajudando na progressão dos mundos. Nessa condição, não olhamos para nós mesmos, mas apenas para o próximo, tão concentrados que estamos na construção do bem e um dia, sem nos darmos conta, nossa energia vai se tornando cada vez mais fluídica, cada vez mais leve. E apos séculos e séculos em um tempo em que nem a terra e nem os mundos mais evoluídos são capazes de mensurar, nossa luz se faz tão intensa que não temos mais rosto, nome, nem identidade. Somos apenas luz. E essa luz se torna potente contribuidora das leis universais podendo estar presente simultaneamente em vários lugares, participando de todos os trabalhos em que o nome do nosso irmão Jesus e do nosso Criador se faça presente.
Nessa doce atividade de amor, chega o dia em que sumimos, nos tornamos nada e como nada, retornamos ao nosso Pai. Nesse estágio, não conseguimos mais vislumbrar nosso Criador. Não é mais possível senti-lo, pois estamos na verdade, dentro Dele. Não precisamos mais de fé, de paz, de harmonia, pois somos tudo isso junto. Não precisamos mais de amor, pois somos o próprio amor. Não precisamos mais nem mesmo de Deus, pois somos o próprio Deus. Parte essencial e indissolúvel Dele. 

Essa é a nossa condição. Não foi ao acaso que disse o Mestre Jesus: "Sois Anjos" "Sois Deuses"
Estamos fatalmente destinados a doce condição do nada. Do nada que reúne tudo. Do silêncio que responde todas as perguntas e do amor, que também não precisar ser nada, pois é só amor.
Alegremo-nos com essa boa nova e caminhemos nesse doce enlevo de desaparecer em Deus e pulsarmos tranquilamente no ventre da vida, no âmago do nosso amantíssimo Pai.

(Acácio dos Anjos)