segunda-feira, 25 de abril de 2016

Edificadores Universais (psicografia)

Olá mãezinha, olá a todos,

Talvez seja a grande a distância que nos separa se mensurada nos moldes do tempo e velocidade aos quais estão acostumados. Porém, como já o sabem, o pensamento e principalmente o coração é laço e indestrutível que une a todos e nos faz presente em cada milésimo de segundo que nossos afins respiram.

Muito embora eu, viajante entre planetas, consiga com a ajuda dos companheiros espirituais, circundar os globos do nosso sistema e por assim dizer surfar entre atmosferas, densidades e realidades energéticas que ainda desconheceis, não estou em nenhum momento, isento de compartilhar das dores e da gravidade dos vossos passos.

Aqui irmãos, ainda digo aqui por falta de vocabulário compreensível. Somos chamados de edificadores universais (o que mais uma vez não passa de uma nomenclatura débil visto que não possuímos gramática apropriada para descrever nossas ações), ou melhor dizendo, somos operários do Criador. E assim como nossos irmãos que edificam montanhas e divisam os mares dos orbes, também aqui, lidamos com as matérias cósmicas realizando “o arrastar de móveis” sempre que necessário visando a manutenção da higiene e harmonia das constelações.

Porém queridos amigos, não deixem que essa linguagem difícil vos faça esquecer da simplicidade dos nossos feitos e da humildade dos nossos corações.

Não pensem que por podermos cruzar em tempo célere os horizontes universais nos colocamos a fitar deslumbrados, a imensa e divina obra do Criador. Não. Não mesmo. Pois ainda há muito trabalho e o dever mesmo que sob contexto estelar, nos chama a todos.

Portanto, mesmo carregando em nossas costas as asas de nossos méritos morais que nos permitem cruzar as esferas do Pai, não esquecemos jamais, dos nossos inúmeros irmãos que ainda caminham nos planos físicos.

Sempre que enquanto soltos no ar, pensamos em expandir-nos em nós mesmos tentando alcançar as esferas maiores, logo os lamentos e sofrimentos dos irmãos nos abatem em pleno voo nos freando a ascensão e qual pesada bola de ferro presa aos nossos pés nos puxa para a implacável gravidade.

Sim irmãos, também nós somos vitimas da gravidade. Somos todos prisioneiros uns dos outros se considerarmos nossos desafios e sofrimentos, porém, somos também todos comungueiros das maravilhas do nosso Arquiteto Maior.

Não podemos contemplar a beleza das estrelas enquanto nossos iguais ainda lidam com a poeira de suas existências.

Vejam o meu exemplo pessoal:

Sou muito ligado a minha mãezinha que hoje se encontra encarnada.

Então, quando aqui plaino em trabalho nas inúmeras atmosferas sinto a gravidade de suas dores.

Se ela chora, também eu entristeço.
Se ela se cala, também eu emudeço.
Se ela se arrasta em conflitos, também eu me inclino.

Isso amigos, é fator inerente a todos. È lei universal;

Se um sofre, o que é feliz se sente menos venturoso.

Se um entra em desespero, também o outro, não importa quão alto esteja, sente imediatamente em seu peito a desarmonia.

Batemos em uníssono irmãos. E jamais seremos felizes se vocês não o forem.

E não duvidem jamais que cada passo de vocês, mesmo que em terreno acidentado, é também um acréscimo em nosso caminhar.

Não esqueçam que um gesto vosso de bondade nos faz daqui, avançar mais e mais em direção a estrelas cada vez mais sublimes e celestes.

Não desistam nunca e nem desanimem diante do amontoado de atrasos em que já se transformou a obra, pois o resultado, para aqueles que confiam e que não se deixam abater diante das dificuldades pode vir mais rápido do que se espera e da forma que menos se imagina.

Daqui, como bem sabeis, estamos vigilantes e protetores e de vós cuidamos com zelo de pai, porém pedimos que também vós cuideis uns dos outros e que saibam que cada mão estendida em favor do próximo é avançar em nossos voos interplanetários e é também um apontar na direção de nós mesmos.

Estamos juntos, pois humanos ou anjos. Extra ou intra terrenos somos todos indistintamente, um só.

Que Jesus alegre o vosso caminhar.

Graças a Deus,

Álvaro

União Fraternal Raul Cury

24.04.2016

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O vazio não existe. Não há nada sem utilidade no universo.



Antes sim, há nos mundos que não vêm e que por isso os denominam como limbos escuros, a atividade incessante da vida que pulula em extasiante labor. Milhares de moléculas e partículas atuam em intensa e perpétua comunhão e progresso. 
Afirmamos que há no mundo etéreo mais vida do que a pálida expressão de vida que vos cerca, pois a terra nada mais é do que uma cópia infiel dos mundos de luz do Criador.

(Trecho do livro O Labirinto das Reencarnações)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

                                                             O Nada para ser tudo
                                                                    (Psicografia)

Cada espírito é parte do Criador e como parte dessa energia, sente, ou melhor, pulsa na mesma latência do universo. No seu cerne, a criatura responde intuitivamente a energia do Pai. Podemos dizer então, que no início da sua criação, o espírito não é nada (ou nada do que possamos compreender). Ele não sente dor, medo ou rejeição. Não se conflitua perguntando-se o que é, de onde veio, para onde vai ou para o que serve. Ele não é nada e na condição de nada, ele simplesmente é. Ele é pura luz e pulsa, como já dissemos, na mesma vibração do universo. Seu cerne, seu coração, bate no mesmo ritmo do Criador. Ele é o próprio universo. Pura centelha divina. Nessa condição, ele recebe como em um fluxo de um rio, todo o conhecimento da vida, pois ele é a própria vida. Nada interfere na sua comunhão com Deus. Deus ama essa centelha, pois ama cada parte de si. Porém, Ele exige que essa centelha, sua criatura, não apenas sinta, mas que também entenda a grandiosidade da qual faz parte. Deus não nos quer apenas como partículas de si a segui-lo cegamente, mas sim seres de luz, conscientes e atuantes. Ele nos quer Deuses.Para isso, nos coloca em um intenso estágio de experimentação. Veja bem, não se trata de estágio de evolução porque na imagem do Pai, já somos evoluídos. Já somos perfeitos. Nesse estágio de experimentação, nos colocamos então como observadores e experimentadores da obra do nosso Pai, nesse caso do próprio universo. Somos como filhos de um pai muito rico que nos faz conhecer cada pedacinho de suas propriedades. Então, nascendo a partir dessa luz já perfeita, encarnamos ou chegamos aos diversos mundos do nosso Pai e iniciamos nossa caminhada de experimentações. de experimentações. Iniciamos como minerais, fazendo parte da construção e elaboração de mundos. Passamos para a condição de plantas, auxiliando na oxigenação dos planetas para depois experimentarmos a condição de vegetais, servindo de alimento aos nossos irmãos. Em seguida, estagiamos como protozoários. Pequenos vermes, sentindo em nosso âmago a alegria de apenas sermos parte da criação, entregando-nos mansamente à simples condição de adubos celestes. Mais a frente, reencarnamos na condição de animais servindo humildemente aos nossos donos e sentindo muitas vezes, a violência de que eles ainda são capazes. Nessa experiência, vivenciamos pela primeira vez as dores humanas. É a nossa primeira incursão no mundo das sensações e sentimentos. Depois, finalmente (finalmente, na nossa míope visão) chegamos à condição de humanos. Nesse estado, começamos a viver os conflitos existenciais e interpessoais. Amamos, odiamos, sofremos e morremos fisicamente inúmeras vezes e assim, passamos por varias moradas do nosso Pai. Com a experimentação das diversas existências em vários mundos, chegamos aos planetas mais elevados onde a matéria física não se faz mais necessária. Nesses mundos iluminados, nos dedicamos principalmente a ajudar as outras moradas menos felizes. Viajamos na condição de missionários, benfeitores, organizadores, e educadores do bem, ajudando na progressão dos mundos. Nessa condição, não olhamos para nós mesmos, mas apenas para o próximo, tão concentrados que estamos na construção do bem e um dia, sem nos darmos conta, nossa energia vai se tornando cada vez mais fluídica, cada vez mais leve. E apos séculos e séculos em um tempo em que nem a terra e nem os mundos mais evoluídos são capazes de mensurar, nossa luz se faz tão intensa que não temos mais rosto, nome, nem identidade. Somos apenas luz. E essa luz se torna potente contribuidora das leis universais podendo estar presente simultaneamente em vários lugares, participando de todos os trabalhos em que o nome do nosso irmão Jesus e do nosso Criador se faça presente.
Nessa doce atividade de amor, chega o dia em que sumimos, nos tornamos nada e como nada, retornamos ao nosso Pai. Nesse estágio, não conseguimos mais vislumbrar nosso Criador. Não é mais possível senti-lo, pois estamos na verdade, dentro Dele. Não precisamos mais de fé, de paz, de harmonia, pois somos tudo isso junto. Não precisamos mais de amor, pois somos o próprio amor. Não precisamos mais nem mesmo de Deus, pois somos o próprio Deus. Parte essencial e indissolúvel Dele. 

Essa é a nossa condição. Não foi ao acaso que disse o Mestre Jesus: "Sois Anjos" "Sois Deuses"
Estamos fatalmente destinados a doce condição do nada. Do nada que reúne tudo. Do silêncio que responde todas as perguntas e do amor, que também não precisar ser nada, pois é só amor.
Alegremo-nos com essa boa nova e caminhemos nesse doce enlevo de desaparecer em Deus e pulsarmos tranquilamente no ventre da vida, no âmago do nosso amantíssimo Pai.

(Acácio dos Anjos)